Desde recém-nascidos desenvolvemos a habilidade de aprender a partir da observação das pessoas ao nosso redor, percebemos como as pessoas agem e queremos imitá-las, queremos nos integrar ao meio que vivemos.
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Os anos passam e seguimos aprendendo com base na observação, utilizamos as informações observadas para saber como devemos nos portar. Se chegamos em um determinado local e percebemos todos festejando, pulando e dançando, vamos replicar esse comportamento, da mesma forma que ao chegar em uma sala de aula silenciosa (com todos os alunos alerta na explicação do professor), mesmo nunca tendo conhecido este professor em particular, já percebemos como ele é rígido e austero, entendemos como ele quer que seja o comportamento de seus alunos.
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O aprendizado que tiramos disso é que a leitura do ambiente e do comportamento das pessoas presentes nos dão indícios do que é aceito ou até valorizado por aquele determinado grupo.
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Fazemos essa análise do ambiente o tempo todo (a vida toda) e muitas vezes de forma inconsciente.
Quando entramos no mercado de trabalho e chegamos na empresa já estamos “superdesenvolvidos” na arte de perceber os sinais do ambiente.
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É nesse momento que conhecemos a figura do gestor. Via de regra entendemos a imagem do gestor como o modelo a ser seguido. A expressão acima é verdade tanto para o bem quanto para o “não tão bem”.
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Se enxergamos no gestor alguém displicente com horários, muitas vezes o nosso pensamento será “se ele chega a hora que quer, ele não pode querer me cobrar quanto a horário”. Se enxergamos o gestor como “o rei das exceções”, o pensamento automático será “ele é o ultimo que pode vir querer me cobrar de seguir todas as regras”.
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Tendo isso em vista o gestor está encarregado da importante e delicada tarefa de possuir os comportamentos que deseja ver replicado em sua equipe. Perceba que falamos em “comportamentos”, não adianta de nada ter o “discurso” muito bem planejado e o comportamento estar desalinhado a este discurso.
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Não adianta o gestor palestrar sobre “Práticas de bom atendimento” para toda a empresa, e ser desrespeitoso ou ignorar todos os prazos com os clientes. Não adianta também sempre dizer que a empresa quer que as pessoas busquem inovações e tenham foco na melhoria contínua se quando alguma ideia nova não gera bons resultados, o comportamento for “buscar os culpados pelo erro”.
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Como bons observadores, todos começarão a ficar confusos ao perceber esses sinais conflitantes do gestor, afinal de contas, onde queremos chegar se a empresa “aponta para o norte” e o gestor “rema para o sul”?
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Você gestor, já parou para pensar em qual sinal/mensagem está transmitindo para a sua equipe? Para a sua empresa? Seus comportamentos e seu discurso são convergentes?
Ou você tem o discurso de que “todos possuem pontos aprender e desenvolver”, mas quando recebe algum feedback fica com vontade de mandar a pessoa embora?
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Perceber essas divergências entre discurso e prática é um exercício constante e muito desafiador, mas é de extrema importância para que se possa construir um ambiente equilibrado, saudável e de alta performance que você Gestor esteja sempre ciente do que você está refletindo para sua equipe.
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E se precisar de qualquer ajuda gestor, pode nos chamar!